sábado, 2 de junho de 2012

Fome

"Fome" é o segundo livro da série "Gone" do autor Michael Grant, a história gira em torno de um lugar onde de repente todas as pessoas maiores de 15 anos desapareceram e várias das crianças que restaram começaram a desenvolver algum tipo de super-poder.
Foi com enorme prazer que li o primeiro livro da série, entrou de cara na lista dos meus favoritos, talvez por isso eu tenha ido com muita sede ao pote em "Fome". A continuação se passa 3 meses após o dia em que tudo mudou, o alimento esta acabando e as pessoas aos poucos começam a passar muita fome.
O livro não é ruim, longe disso, mas boa parte da história nesse segundo volume é voltada para a rotina dos personagens o que me deixou meio entediado até quase metade do livro.O foco principal é no cansaço psicológico que vai tomando conta de todos os habitantes do LGAR e como eles vão sendo afetados pela fome devastadora. Achei bem real a perspectiva do livro, algumas crianças começam a comer os próprios animais de estimação, caçar pombos e até mencionarem o canibalismo.
Me peguei sentindo muita raiva de vários personagens, nessas horas tentei me lembrar que eles eram apenas crianças, mas ai que vinha a vontade de entrar no livro e bater pra valer nesses pirralhos. A disputa iniciada pelas crianças sem poderes contras as com poderes é algo muito bobo, não gostei da forma como ela foi tratada pelo autor mas acho que algo mais complexo não se encaixaria na idade dos personagens, então vou tolerar.
Pra quem não é muito forte, e quase morre junto quando um personagem passa dessa pra melhor, já aviso, nem comece a ler a série, o sangue escorre pelas paginas em "Fome", até perdi as contas de quantas pessoas morrem na história, por sorte, minha personagem favorita ainda vive (não darei spoiler). Em "Gone" temos Caine, o irmão do protagonista Sam, como vilão principal, já em "Fome" esse papel é passado para a estranha criatura que conhecemos como "Escuridão" ou "Gáiafago" para os íntimos. É revelado um pouco mais sobre a possível origem desse ser tão pavoroso, mas nada é realmente confirmado.
E quando você acha que já viu tudo de macabro que o livro tinha a nos oferecer ele encerra a ultima pagina como algo tão macabro e desesperador que faz você esquecer tudo de chato que teve nesse segundo livro e querer loucamente o próximo. No mais, é um bom livro, mas com partes cansativas, só vale a pena, se assim como eu, você também adorou o primeiro.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Rei Mago

O Rei Mago é a continuação direta de Os Magos do Lev Grossman e foi lançado em 2012 pela editora Amarilys. No primeiro livro conhecemos a historia de Quentin Coldwater, um garoto comum, completamente insatisfeito com sua vida pacata, que de repente se vê fazendo um vestibular para uma faculdade de magia.
Em Os Magos temos toda aquela imersão maravilhosa proporcionada pelo primeiro volume de uma saga, mas isso acaba sendo deixado de lado na continuação. A história se passa dois anos após o final do primeiro livro, e vemos Quentin e seus amigos como os atuais reis e rainhas do mundo encantado de Fillory. Quentin continua tomado pela mesma sede de aventura que quase o matou no final de Os Magos, e é justamente isso que o coloca em uma situação desesperadora ao lado de sua amiga Julia. Ambos acabam sendo mandados de volta para o mundo real e ficam desesperados para conseguir retornar à Fillory, o que desencadeia o primeiro e um pouco chato arco da história.
Ao longo de todo o livro o autor vai alternando os capítulos entre o presente de Quentin e o passado de Julia. O aprendizado magico de Julia foi completamente diferente do de Quentin, o que nos da vários momentos de empolgação nessa parte da história além de preencher o vazio colossal que foi deixado no final de Os Magos. No decorrer do livro somos apresentados ao verdadeiro propósito de tudo o que veio ocorrendo com Quentin e Julia, e é justamente nessa parte que senti falta de algo mais. Fillory é um mundo tão incrível, tão vasto, cercado de magia por todos os lados mas com tantos elementos que não foram aproveitados pelo autor, talvez isso tenha sido feito devido ao tamanho do livro que já ficou bem grandinho com suas 431 páginas.
O autor se baseou em varias outras histórias para criar todo o universo dos dois livros, mas tudo pra mim gritava NÁRNIA, NÁRNIA e NÁRNIA, apesar de nunca ter lido As Crônicas de Nárnia inteiro, a sensação que tive ao final de O Rei Mago é de que eu até já tinha ido pra Nárnia, isso não é de forma alguma ruim, acho que serve apenas como um referencial pra quem esta pensando em ler.
Também não posso deixar de comentar o quanto acho Quentin um protagonista fraco e sem personalidade,  a impressão que fiquei é que a história pelo ponto de visto de qualquer um dos outros personagens teria muito mais a oferecer. No final do livro somos deixados com algo incompleto, todos os dilmeas são resolvidos, mas ainda assim fica a ausência de um FIM real para a história (outra caracteristica advinda de Nárnia), o que me leva a acreditar que ainda veremos pelo menos mais um livro dessa saga nas livrarias.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Olá mundo!


Oi pessoal, meu nome é Igor, sou estudante de Jornalismo e maníaco por livros, já tive alguns blogs antigamente, mas nada relacionado a livros, então resolvi dar meu primeiro passo nesse vasto universo dos blogs literários. Ainda não sei muito bem como vai funcionar tudo por aqui, vou tentar resenhar os livros conforme vou lendo, o que pode demorar as vezes, e também farei o "Na Minha Caixa de Correio" mostrando minhas eventuais compras, não sei qual vai ser a frequência desses posts já que geralmente eu faço somente uma grande compra no mês e os livros costumam chegar em uma ou duas semanas no máximo. Acho que por enquanto é isso, espero que vocês se divirtam lendo o 4walls tanto como eu espero me divertir escrevendo. Amanhã coloco o primeiro post de verdade no ar.