quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Rei Mago

O Rei Mago é a continuação direta de Os Magos do Lev Grossman e foi lançado em 2012 pela editora Amarilys. No primeiro livro conhecemos a historia de Quentin Coldwater, um garoto comum, completamente insatisfeito com sua vida pacata, que de repente se vê fazendo um vestibular para uma faculdade de magia.
Em Os Magos temos toda aquela imersão maravilhosa proporcionada pelo primeiro volume de uma saga, mas isso acaba sendo deixado de lado na continuação. A história se passa dois anos após o final do primeiro livro, e vemos Quentin e seus amigos como os atuais reis e rainhas do mundo encantado de Fillory. Quentin continua tomado pela mesma sede de aventura que quase o matou no final de Os Magos, e é justamente isso que o coloca em uma situação desesperadora ao lado de sua amiga Julia. Ambos acabam sendo mandados de volta para o mundo real e ficam desesperados para conseguir retornar à Fillory, o que desencadeia o primeiro e um pouco chato arco da história.
Ao longo de todo o livro o autor vai alternando os capítulos entre o presente de Quentin e o passado de Julia. O aprendizado magico de Julia foi completamente diferente do de Quentin, o que nos da vários momentos de empolgação nessa parte da história além de preencher o vazio colossal que foi deixado no final de Os Magos. No decorrer do livro somos apresentados ao verdadeiro propósito de tudo o que veio ocorrendo com Quentin e Julia, e é justamente nessa parte que senti falta de algo mais. Fillory é um mundo tão incrível, tão vasto, cercado de magia por todos os lados mas com tantos elementos que não foram aproveitados pelo autor, talvez isso tenha sido feito devido ao tamanho do livro que já ficou bem grandinho com suas 431 páginas.
O autor se baseou em varias outras histórias para criar todo o universo dos dois livros, mas tudo pra mim gritava NÁRNIA, NÁRNIA e NÁRNIA, apesar de nunca ter lido As Crônicas de Nárnia inteiro, a sensação que tive ao final de O Rei Mago é de que eu até já tinha ido pra Nárnia, isso não é de forma alguma ruim, acho que serve apenas como um referencial pra quem esta pensando em ler.
Também não posso deixar de comentar o quanto acho Quentin um protagonista fraco e sem personalidade,  a impressão que fiquei é que a história pelo ponto de visto de qualquer um dos outros personagens teria muito mais a oferecer. No final do livro somos deixados com algo incompleto, todos os dilmeas são resolvidos, mas ainda assim fica a ausência de um FIM real para a história (outra caracteristica advinda de Nárnia), o que me leva a acreditar que ainda veremos pelo menos mais um livro dessa saga nas livrarias.

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